A Microsoft está desenvolvendo um sistema que organizará e-mail, fotos, músicas e vídeos pertencentes a uma pessoa em um banco de dados. A idéia - um remix do Memex - está sendo vendida como uma reprodução (ou auxílio a) da memória.
Pensar a memória como um simples depósito de informações é de uma simplificação tremenda. Se esquecemos, distorcemos e editamos, é por haver um propósito (sei lá se neurológico ou psicológio) implícito e estruturante. A hierarquização das informações - feita de modo mais ou menos aleatório - é fundamental para que nossas memórias sejam memórias.
Um arquivo de tudo é útil? Sim, muito. Mas o quanto ele diz sobre a subjetividade do mantenedor?